domingo, 17 de abril de 2011

Exercícios - modo subjuntivo e advérbio

1) Conjugue, no subjuntivo, os verbos que estão em negrito nos tempos (presente, pretérito imperfeito e futuro, respectivamente) e complete adequadamente as frases:
Surpreender
a.      Talvez ela nos surpreenda com suas notas.
b.      Se eu surpreendesse minha família com minhas notas, poderia viajar para a praia.
c.      Quando Antônio surpreender a família com suas notas, ele certamente poderá viajar.
Sentir
a.      Duvido de que ele sinta saudades de você.
b.      Se nós sentíssemos saudades de você, ligaríamos imediatamente.
  1. Quando sentir saudades de você, eu ligarei.
2) Leia a tira e faça o que se pede:
a) Transcreva dos dois primeiros quadrinhos as duas formas verbais do subjuntivo:
"Crescer" e "sair"
b) Essas formas verbais do subjuntivo estão em que tempo?
Futuro

3) Classifique os advérbios destacados nas frases abaixo:

a) Os três funcionários da lanchonete estão trabalhando muitoAdvérbio de intensidade
b) Se chover, eu certamente não irei à festa. Advérbio de afirmação
c) Eu havia deixado um bilhete bem aquina mesaAdvérbio de lugar (ambos)
d) Nós jamais esqueceríamos você. Advérbio de tempo
e) Antônio Pedro, acordou tarde, portanto chegará atrasado ao trabalhoAdvérbio de lugar

4) Leia esta tira e destaque um advérbio de lugar:
É, Dona Morte... Parece que aquele machado ali é mais perigoso que sua foice!
"Ali"
5) Que mensagem está contida na tira acima? 
Mensagem sobre a preservação do meio ambiente


6) Diga se as palavras destacadas abaixo são pronomes indefinidos ou advérbios:
a) As crianças, após a brincadeira, ficaram bastante cansadas. Advérbio
b) Muitos professores compareceram à reunião. Pron. indefinido
c) Restavam poucos dias para o fim das férias. Pron. indefinido
d) Elogiaram muito os jogadores. Advérbio

7) Reescreva as frases transformando as locuções adverbiais em um único advérbio:
a) Acordei atrasado e saí às pressas para o trabalho.
Acordei atrasado e saí apressadamente para o trabalho
b) Com certeza, iremos fazer boa prova.
Certamente iremos fazer boa prova
c) Eu acredito de verdade no que ele disse.
Eu acredito verdadeiramente no que ele diz
d) De repente, o céu ficou repleto de nuvens.
Repentinamente o céu ficou repleto de nuvens

8) Reescreva as frases abaixo e substitua as formas verbais do futuro do subjuntivo pelo pretérito imperfeito do subjuntivo, e substitua as formas verbais futuro do presente do indicativo pelo futuro do pretérito do indicativo.

a) Quando fizer sol, iremos à praia.
Se fizesse sol, iríamos à praia
b) Se me deixar em paz, serei grato para o resto da vida.
Se me deixasse em paz, seia grato para o resto da vida
c) Quando você sentir saudade, saberá o que é o amor.
Se você sentisse saudade, saberia o que é o amor
d) Se chegar atrasado, será advertido.
Se chegasse atrasado, seria advertido

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Crônica - A aliança

A aliança
Luis Fernando Veríssimo

Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro.
Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
— Você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.
E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.

— O que aconteceu?
E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.
— Que coisa - diria a mulher, calmamente.
— Não é difícil de acreditar?
— Não. É perfeitamente possível.
— Pois é. Eu...
— SEU CRETINO!
— Meu bem...
— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu se i o que aconteceu co m essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.
— Mas, meu bem...
— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!
E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:
— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:
— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.
Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.
— O mais importante é que você não mentiu pra mim.
E foi tratar do jantar.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. As mentiras que os homens contam. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2000. p. 37.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Exercícios - Adjunto Adnominal & Predicativo










1) Destaque do primeiro quadrinho os ADJUNTOS ADNOMINAIS e diga a que substantivos eles se referem.

2) “...tá afim de ganhar uma maldição antiga”. As três palavras destacadas pertencem, RESPECTIVAMENTE, às seguintes classes gramaticais:

a) artigo – adjetivo – substantivo.
b) adjunto adnominal – substantivo – adjunto adnominal.
c) artigo – substantivo – adjetivo.
d) artigo – substantivo – adjunto adnominal

3) Leia os trechos a seguir e compare-os:

I. “Marinheiro triste
Que voltas para bordo
Que pensamentos são
Esses que te ocupam?”
(Manuel Bandeira.Antologia Poética. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986.)

II. “Marinheiro que voltas
Triste para bordo
Que pensamentos são
Esses que te ocupam?"

Analisando o uso do adjetivo TRISTE, explique a diferença sintática deste vocábulo nos dois fragmentos.


4) Considere as seguintes frases:

a) Aquele velho homem solitário passeia pela cidade.
b) Aquele velho homem passeia pela cidade solitário.

Em qual delas pode-se afirmar que o homem está sozinho enquanto caminha pela cidade? Explique sua resposta.

Gabarito:
1) Adj. adn. "O" - refere-se ao substantivo arqueologista / "uma", "fina" e "de sedimento" - referem-se ao substantivo camada.

2) (C).

3) Em I, o adjetivo "triste" é adjunto adnominal, pois ele acompanha o núcleo de uma função sintática ("Marinheiro triste" exerce função sintática de sujeito da oração e seu núcleo é o vocábulo marinheiro). Em II, o adjetivo "triste" é predicativo do sujeito, pois ele se refere a uma função sintática sem pertencer a ela ("Marineiro" exerce função sintática de sujeito).

4) Na frase (b), pois o adjetivo solitário, usado como predicativo do sujeito, determina uma característica momentânea.